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A caminhada continua pelo
deserto da Quaresma.
Sempre ao encontro de Cristo
em mim, para que o Espírito Santo me vá mostrando caminho no amor do Pai.
Na pedra em que sento está
escrito: Justiça!
O “outro” vem de mansinho
tentando convencer-me de que eu sou muito justo!
Não vale a pena! Eu
conheço-me!
Penso na justiça, na justiça
com que “julgo” os outros no meu dia-a-dia, e percebo como sou duro com os
outros e tão brando comigo.
Mas sobretudo medito no que
deve ser a justiça de alguém que segue Cristo, ao “julgar” os outros.
É que essa justiça tem de ir
muito mais longe.
Essa justiça tem que ter em
si, não só o eu dar testemunho do que faço e sou verdadeiramente, mas também já
deve ter a bondade, o amor, o perdão, para que não seja estéril, mas dê fruto
de arrependimento e conversão, para os outros e para mim.
Ah, Senhor, obrigado por me
teres feito sentar nesta pedra da justiça, da qual me queres levantar para
prosseguir caminho.
Ajuda-me a perceber e a viver
que quem julga és Tu, e que os meus “juízos” têm que ser sempre enformados da
verdade, do amor, do perdão, “medindo-me” primeiro a mim, pois essa é a Tua
única vontade.
Monte Real, 10 de Março de
2017
Joaquim Mexia Alves
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