quarta-feira, 8 de junho de 2011

O ESPÍRITO SANTO

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É uma luz, uma suavidade, um amor, um toque, uma carícia, um carinho, um calor, uma presença que se desenvolve dentro de nós e nos enche por completo.

Aquilo que era razão de viver e estava no exterior, deixa de o ser, para dar lugar a outra aspiração interior, para dar lugar a outra vivência, mais viva, mais vivida, mais sentida, mais cheia de uma graça que não conseguimos explicar.

O interesse que nos despertavam as coisas do mundo, as riquezas, a importância social, o nosso comportamento pensado e repensado, deixa de ser importante, deixa de ser um fim em vista, para dar lugar a uma procura constante da santidade, do bem estar espiritual, do testemunho dado na vida que continuamos a viver no mundo, para que os outros também possam ver e viver o que nós vivemos.

Como tudo é diferente!!! Como tudo se modifica!!!

Quando vivemos para as riquezas do mundo, queremos ter sempre mais do que os outros e a maior parte das vezes desejamos egoisticamente que os outros não tenham aquilo que nós já temos.
Agora começamos a viver para as riquezas de Deus e queremos que os outros tenham tudo o que nós já temos e tenham até mais, para nos poderem guiar e servir de testemunho.

Quando vivemos para conseguir o mundo, nunca temos tempo para nada, nem sequer para todas as coisas do mundo, quanto mais para Deus.
Agora começamos a viver para “alcançar” o Céu e assim temos tempo para Deus, para tudo e até temos tempo para o mundo.

Quando vivemos para nós próprios e por nós próprios, aos “sucessos” que nos enchem de orgulho, sucedem-se as “derrotas” que nos provocam humilhação, (não humildade), que causam a solidão de quem vive apenas para si, convencido que é capaz de tudo sozinho.
Agora começamos a viver para Deus, para os outros, e assim os “sucessos” não são nossos, mas de Deus e de todos, (o orgulho não tem lugar), e mesmo que as coisas não corram bem, humildemente aceitamos como não sendo bom para nós aquilo que afinal desejávamos, e instala-se a paz, a tranquilidade, e nunca nos sentimos sozinhos.

Quando vivemos para a nossa vontade e para os nossos planos e as coisas falham e os planos não resultam, muitas vezes desesperamos, atiramos para cima dos outros os nossos falhanços, sentimo-nos sós e derrotados, não aceitamos e fechamo-nos mais em nós próprios.
Agora que começamos a viver para cumprir a vontade de Deus e os Seus planos, quer na vida espiritual, quer na vida material, sentimo-nos mais acompanhados e quando as coisas falham, ficamos tristes é certo, mas aceitamos como fonte de crescimento a contrariedade, voltamo-nos para nós procurando saber onde nos afastámos da vontade do Senhor, humildemente baixamos a cabeça e com a força que nos vem dele, recomeçamos segundo a Sua vontade.

Quando vivemos baseados naquilo que na nossa cabeça pensamos que é bem e que é mal, o nosso crescimento é desordenado, os recuos são maiores que os avanços, a paz e a serenidade andam longe, e praticamos muitas vezes coisas más, porque nos quisemos convencer que eram boas.
Agora que começamos a viver no que é o bem vindo de Deus, afastando o mal que Ele nos faz reconhecer, o nosso caminho é mais seguro, tem também avanços e recuos, mas os avanços são mais constantes, porque é constante a vontade de nos levantarmos depois de cairmos, a paz e a serenidade tomam conta de nós, porque é no coração que o Senhor coloca o conhecimento do bem e do mal.
Não é pela nossa cabeça, mas pelo amor que o Senhor coloca no nosso coração, que crescemos para o bem e morremos para o mal.

Antes a vida era difícil, muitas vezes sem esperança e desacompanhada.
Hoje a vida é difícil, mas vivida na esperança e na companhia daquEle que nunca nos abandona: Jesus Cristo.

Então assim entregues, o Espírito Santo derrama-se em nós e: é uma luz, uma suavidade, um amor, um toque, uma carícia, um carinho, um calor, uma presença que se desenvolve dentro de nós e nos enche por completo...


Nota:
Porque neste próximo Domingo tem lugar a Solenidade de Pentecostes, publico este texto escrito há tempos atrás.
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6 comentários:

concha disse...

Amigo Joaquim!
Estou quase sem palavras.Este texto está excelente.Quando o escreveste tinhas sem dúvida nenhuma O Espírito Santo sobre ti.E que bom partilhares!
É curioso, porque após uns dias com algumas mudanças na minha vida,hoje sinto-me verdadeiramente em estado de graça.Aquele estar em que nos comovemos,mas felizes vêmos o Mundo com outros olhos.
Se me permites,gostaria de partilhar aqui que ontem fui ao lançamento do mais recente livro do Padre Tolentino..."Um Deus Que Dança".É um livro com orações muito boas e vem com um CD com o apoio das vozes de dois actores.Escutar a acriz Suzana Arrais e o actor Luís Miguel Cintra falarem de Deus nas suas vidas, foi uma benção.Quem sabe este livro possa ajudar alguém a experimentar Deus de um modo um pouco diferente do habitual.
Bem hajas por teres criado este blog.
Um abraço na Paz de Cristo

joaquim disse...

Obrigado Concha pelas tuas palavras e pela noticia do livro que aqui nos deixas.

Vou ver se o leio.

Um abraço amigo em Cristo

Paulo disse...

Para além de tudo o resto, por aqui nas ilhas dos Açores, o Espirito Santo também é a partilha do pão do vinho e das sopas do espirito santo. Um culto trazido nos primordios. No inicio a igreja era contra (ver na net Culto do Espirito Santo nos Açores). Hoje em dia aceita e incentiva.

Angela disse...

olá, Joaquim! Parabéns por ser um instrumento de propagação da Palavra de Deus em nosso mundo. O seu blog é um encanto: inspirador e repleto de sabedoria! Já sou seguidora.
Ficarei feliz se visitar meu cantinho também.

nospassosdejesusamor.blogspot.com

Que Deus te guie sempre!
Com carinho,
Angela

joaquim disse...

Obrigado Paulo.

Lembro-me bem, nos tempos em que vivi em São Miguel, do culto ao Espírito Santo, para além da beleza indiscritivel daquelas ilhas.

Um abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Angela, obrigado!

Já lá fui visitar o seu cantinho e gostei do que vi.

Um baraço amigo em Cristo