quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

A CERTEZA QUE QUEREM FAZER DÚVIDA

Olho para as fotografias dos meus filhos e penso:
«Seria possível ter “abdicado” deles, ter “desistido” deles antes de nascerem»?
Tal ideia é tão horrorosa que a afasto imediatamente do meu pensamento.
Então como é possível alguém pensar e agir assim?
Percebo assim que o argumento de que não há vida humana às 10 semanas tem de ser exaustivamente lançado e incutido nas cabeças de quem vai votar, sobre pena de que, perante a realidade da existência dessa vida humana, só aqueles que votam inconscientemente, ou egoistamente, poderem votar sim.
Reparemos que este argumento talvez seja o cerne de toda a questão, pois ninguém, verdadeiramente humano e lúcido, perante a realidade de uma vida, uma vida verdadeiramente humana nascente, colocará em causa essa vida, sejam quais forem os motivos.
Se essa vida é uma verdadeira vida humana, não colhem as razões, como por exemplo, a deficiência, seja ela qual for, porque senão estamos a fazer como Hitler fazia: eliminar os deficientes, e não me parece que alguém, verdadeiramente humano, tenha apoiado, ou apoie e desculpe agora tal prática.
Qual de nós, seres humanos, tem o direito de permitir, de dizer, quem deve viver e quem deve morrer?
E se uma razão tão forte como esta não colhe, como poderá qualquer outra razão ser aceitável, sobretudo se falamos em consentir toda e qualquer razão, seja ela qual for.
E se a vida de que falamos às 10 semanas é uma verdadeira vida humana, como pode alguém que a elimina não ser pelo menos recriminado por o fazer, como pode alguém que o faça não sentir que a sociedade é contra a eliminação daqueles que a constituem, daqueles que a vão constituir.
Então, coloca-se a pergunta:
Onde está confirmado, escrito, aceite por toda a comunidade científica e não só, de que não existe vida humana às 10 semanas?
É que, se não existe tal consenso, tal confirmação, a defesa da vida terá que pender sempre para o lado mais fraco, que é sem dúvida neste caso a vida humana em gestação.
E agora, pergunto eu, como é possível quererem afirmar que “aquilo” que deu origem aos meus filhos, que vejo nestas fotografias, não era uma vida humana às 10 semanas, ou em qualquer tempo depois da concepção?
Não é só Deus que diz ao meu coração que sem margem para dúvidas ali está uma vida humana, é também todo o meu ser humano que o grita bem alto à minha inteligência, ao meu sentimento, à minha própria existência.
Por isso e por tantas mais razões, reafirmo que no dia 11 de Fevereiro, votarei Não, no referendo.

2 comentários:

J disse...

Joaquim,

Subscrevo as suas palavras e sinto o que sente.

É bom saber que não estamos sozinho, somos tantos os que defendemos a vida, como Ele nos ensinou.

Um grande beijinho em Cristo

joaquim disse...

Obrigado Joana pela tua companhia e pelas tuas palavras.
Viva a Vida!
Abraço em Cristo